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"EU NUNCA FUI EMBORA – PARTE 2" - FRESNO

  • Foto do escritor: Rock Lounge
    Rock Lounge
  • 3 de abr.
  • 2 min de leitura

Se a primeira parte de Eu Nunca Fui Embora passeou por toda a trajetória sonora da Fresno, a segunda metade vem para consolidar essa viagem no tempo de forma mais subjetiva e simbólica. Agora, as lembranças vêm embaladas por colaborações especiais e o fechamento de uma trilogia que caiu nas graças dos fãs.



Sonoramente, a Fresno segue flertando com a estética oitentista, trazendo sintetizadores e batidas dançantes. Mas, se na primeira parte tivemos refrões explosivos e hits instantâneos, aqui a banda aposta em algo mais contemplativo e emocional. Não tem aquela mesma pegada de ENFE – Parte 1, mas tem uma carga nostálgica que pesa no coração.


As faixas:


Logo de cara, A Gente Conhece o Fundo do Poço chega cheia de energia, trazendo um clima dançante que lembra Já Faz Tanto Tempo. A letra, que fala sobre saúde mental, cria aquele contraste agridoce entre ritmo animado e versos melancólicos – uma trilha sonora perfeita para o pós-expediente de uma semana caótica.

Em seguida, Se Eu For Vou Com Você entrega um dos momentos mais esperados pelos fãs: Fresno e NX Zero finalmente juntos em uma faixa! Uma parceria que demorou para sair, mas que chega com aquele ar de encontro histórico entre duas das maiores bandas da era emo no Brasil.


Fala Que Ama mantém a pegada pop e dançante, remetendo à vibe de Me And You, com toques de percussão que trazem um frescor moderno à faixa.


Se o disco vinha mais leve, Essa Vida Ainda Vai Nos Matar joga tudo na parede com um peso hardcore de respeito. A parceria com o Dead Fish resgata o lado mais agressivo da Fresno, com direito a teclados brilhantes e vocais intensos.


A trilogia Diga chega ao fim com Diga, Parte Final, trazendo Filipe Catto para um dueto emocionante que fecha essa história de forma grandiosa.


Em Canção Pra Quando o Mundo Acabar, a banda mergulha em referências filosóficas, explorando o conceito do abismo de Nietzsche em uma letra cheia de reflexões sobre caos e autodestruição.

Para fechar, a regravação de Camadas com Chitãozinho e Xororó adiciona um toque inesperado de nostalgia e nos transporta direto para os tempos do lendário Estúdio Coca-Cola Zero.


O veredito:


Eu Nunca Fui Embora (Parte 2) é um prato cheio para os fãs de longa data. Se a primeira parte ganha em inovação e estrutura, essa segunda vem com o peso da memória afetiva, resgatando colaborações icônicas e fechando ciclos. Pode não ser tão instantâneo quanto Parte 1, mas entrega uma conclusão sólida e sentimental para esse projeto ambicioso da Fresno. No fim, é um álbum feito para os fãs – e cumpre esse papel com maestria.


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